sexta-feira, 2 de abril de 2010

Tratamento de crianças portadoras de autismo

Uma das maiores dificuldades dos pais de crianças portadoras de autismo refere-se a encontrar profissionais capacitados e experientes na aplicação das técnicas mundialmente adotadas no tratamento multidisciplinar, como: ABA (Análise do Comportamento Aplicada), TEACCH (Tratamento e Educação para autistas e crianças com dificuldade de comunicação) e PECS (Comunicação por Troca de Figuras), dentre outras.

Em Maceió, esta dificuldade se acentua, tendo em vista a existência de poucos profissionais da área de psicologia, fonoaudiologia, pedagogia e terapia ocupacional com formação em atendimento de crianças especiais, e ainda a questões de ideologia ou restrições orçamentárias de alguns profissionais que limitam suas participações em treinamentos específicos para tratamento de portadores de autismo ofertados por centros avançados no país e no exterior.

Cansados de efetuar peregrinações em consultórios, na tentativa de encontrar profissionais capacitados, alguns pais de autistas em Maceió decidiram buscar ajuda em outros estados, como Recife, Fortaleza e São Paulo, trazendo para a cidade psicólogos, fonoaudiólogos, médicos psiquiatras e pedagogos especialistas em autismo para capacitação de estudantes ou recém-formados a fim de que estes adotem a terapia comportamental como diretriz do tratamento e possam colaborar com o progresso dos seus filhos.

E assim tem acontecido, desde 2007, com a promoção de cursos e palestras sobre Autismo, Medicamentos, Inclusão, ABA, TEACCH e Alfabetização. Além de consultas e supervisões periódicas com estes profissionais, que elaboram programas individualizados para cada criança, que são aplicados pelos estagiários e profissionais que demonstram interesse pelo assunto e dedicação com vias a evolução dos quadros de autismo.

E como tem sido gratificante se embrenhar por toda esta luta, esta busca incessante por dias melhores para nossos filhos. É maravilhoso poder acompanhar os avanços, o primeiro olhar, as primeiras palavras, as primeiras letras, a inclusão nas escolas.

E a luta continua... Dia 10 de julho promoveremos um curso de alfabetização para a comunidade, além de supervisões nas escolas e orientações aos pais e profissionais. Até dezembro desejamos inaugurar uma sede para oferecer esse serviço multidisciplinar às crianças.

Temos metas, alvos e disposição. Buscamos ajuda e parcerias. Acreditamos que, juntos, chegaremos lá!

2 comentários:

Patricia Trigo disse...

Parabéns a você Mônica pela iniciativa e a todos os pais pelo movimento. Quanto mais divulgação houver, mais estratégias, dicas e sugestões vão surgir. Bjs!

marcelo mallet (RJ) disse...

Olá, nosso filho frequenta a AMA, aqui no rio de janeiro, mesmo sendo um centro bem desenvolvido, o nosso estado, ainda temos muitas dificuldades em termos de escolas com inclusão para nosso pequeno. Mais devemos nos mobilizar mais para precionar os orgãos munícipais, estaduais e federais, só assim poderemos conseguir despertar nos governantes uma forma de ajuda, o que é de obrigação deles. O caminho é esse que vcs estão trilhando. Parabéns.